Hoje
(talvez já seja amanhã),
Minha alma está indomável
Insofismável
Indopável.
Acabará por aquietar-se,
Incubar-se-á
A favor do corpo
Que precisa
Em poucos giros do relógio
Levantar-se
Prosseguir
Dar mostras de vida
Dar-se ares de humano.
Mas tranquilizar-se, minh'alma?
De forma alguma.
Minha alma é Houdini
Que se ri
Dos cadeados
Das camisas de força
Das cervejas
E das desesperadas cubas libres
A lhes pedir a mão em casamento
Em cativeiro.