“Droga!, mais dois.”, diz ela,
Indignada, da sala.
Perdida a vasculhar, a mapear
- Sherlock de lupa em punho –
Suas pernas à cata de quase invisíveis capilares arrebentados.
Resmungo algo em tom de resposta,
Resmungo algo em tom de resposta,
Alheio, da cozinha.
Perdido, emaranhado em vírgulas
- Como gato num novelo de lã -
Que insistem em negar o ritmo adequado ao meu texto.
Ela reclama do automatismo indiferente de minha resposta,
Ela reclama do automatismo indiferente de minha resposta,
Clama por um pouco de atenção;
Reclamo da sua desfaçatez em cortar meu raciocínio,
Clamo por um pouco de esquecimento.
Calamos, ambos!
Ela,
Ela,
Aflita em drenar os regatos azuis-venosos de suas pernas;
Eu,
Exasperado em assegurar o imaculado de meu texto.
Qual dos dois é o mais fútil?
Qual dos dois é o mais fútil?
Qual de nós, o mais vaidoso?